terça-feira, 2 de julho de 2019

A importância da família no processo de educar

A importância da família no processo de educar

No dai 13 de março de 2019, por um instante, todos ficamos sem ar, principalmente nós que dedicamos nossas vidas à educação das novas gerações. A Escola Estadual Raul Brasil perdeu 10 valorosas vidas nas mãos de jovens que se tornaram assassinos e suicidas.
Esse fato abalou profundamente a todos e fez com que algumas medidas fossem tomadas. Quatro meses depois ainda não vimos nenhuma mudança na organização do sistema de ensino no que diz respeito à segurança ou à saúde mental de estudantes, professores e funcionários.
No mesmo mês de março a Diretoria de Ensino Leste 1 promoveu uma palestra sobre "A importância da família no processo de educar" ministrada pela Professora Luciene Alves de Souza. Nossa escola foi convidada a participar e foi representada por mim, Professora Fabiana e pela Vice diretora Verônica. Lá encontramos a Professora Tânia, que já foi nossa vice diretora e agora é Mediadora de Conflitos em outra escola. Sei que já se passaram alguns meses, mas vale a pena deixar o registro dos principais pontos da palestra.

A importância da família no processo de educar - Resumo


  • As drogas eliminam o senso crítico. Muitas vezes o álcool é permitido dentro de casa.
  • Vulnerabilidade: Os adolescentes que abusam de drogas ficam vulneráveis à gravidez, DST (Doenças sexualmente transmissíveis), violência, abuso ou exploração sexual.
  • É possível se cuidas buscando os serviços de saúde, ex. UBS e CAPES.
  • Estratégias para diminuir as vulnerabilidades: entender e oportunizar momentos de prazer; conhecer o real perigo das drogas; evitar o discurso proibicionista/terrorista.
  • Motivos que podem levar ao uso de drogas: curiosidade; influência dos amigos; prazer; aliviar dores, angustias, problemas familiares e escolares.
  • Pedir ajuda é sinal de inteligência, não é vergonha.


Mitos sobre o suicídio: quem quer se matar não avisa, faz; falar sobre suicídio pode incentivar mais suicídios; quem pensa em suicídio já desistiu de viver.
Verdades sobre suicídio: pensar em suicídio é comum; o suicídio está vinculado a algum transtorno mental; o suicídio é prevenível; quem está por perto pode ajudar alguém que pensa em suicídio.

Dicas de projetos para trabalhar com a temática


  • Rodas de conversa: tomar cuidado para não julgar; incentivar a fala e a escuta.
  • Tutores da mediação: mediadores mirins, dois alunos por sala que fazem o papel de mediadores; são treinados pelos professores mediadores de conflito para notar as diferenças de comportamento; faltas; bullying; brigas; auto mutilação; comportamentos que podem gerar conflitos.


Quem pratica e sofre bullying tem problemas, é preciso investigar as causas. A prática causa extremo sofrimento e pode levar o adolescente ao suicídio ou a atitudes como os assassinatos em massa. É sempre necessário prestar atenção às mudanças de comportamento.

Nós, da E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto temos a esperança de que essa situação será resolvida ou amenizada, nossos jovens têm o direito de terem uma vida melhor, protegidos, gozando de plenos direitos e tornando-se cidadãos críticos e ativos na sociedade.