quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Concurso de Crônicas

No segundo semestre de 2013 realizamos um concurso de crônicas na E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto. Os alunos da 5ª série E e dos primeiros anos do ensino médio B, C, D, E e F participaram de aulas de orientação para a produção dos textos e tiveram liberdade para criá-los, exceto a turma da 5ª série que foi orientada a escrever sobre algo relacionado à escola, ao cotidiano escolar.
Também como preparação para a produção dos textos fizemos a leitura do livro Nos bastidores do cotidiano de Laé de Souza.
Em dezembro foram selecionados os melhores textos de cada sala. Os alunos autores foram premiados e seus textos publicados neste espaço, no jornal eletrônico da escola www.urbano.jex.com.br e serão publicados em fevereiro de 2014 no jornal A voz do Lapenna.
Parabéns aos vencedores!! Mas também parabéns a todos os que se dedicaram a este projeto, contribuindo com suas incríveis crônicas!! Parabéns!! Parabéns!!
A linguagem nos permite viagens fascinantes, permitam-se!!

Os vencedores:


Gabriela Silva Oliveira 5ªE

Maria e sua nova escola
Era um lindo dia de verão e Maria estava se arrumando para o seu primeiro dia em uma nova escola.
Quando Maria chegou na escola, viu que nenhum dos seus amigos da outra escola estava lá, então resolveu fazer novos amigos.
Sua primeira aula foi de geografia com o professor José. A segunda aula foi de ciências, com o professor Pasta, que era chato e rabugento.
Maria pediu ajuda do professor Pasta para resolver a atividade da apostila e acabou perguntando por que ele era deste jeito, e ele disse que é assim porque as crianças jogam bolinhas de papel nele e dizem que a mulher dele é a dona da escola.
Maria então falou que ele não deve ouvir o que os outros dizem. Com isto, o professor que era chato e rabugento voltou a ser o alegre e sorridente professor Pasta.


Ariane Moreno da Silva Reis 1ºC

A grande história de amor
Imagina, se a maior história de amor de todos os tempos, a mais popular obra de William Shakespeare “Romeu e Julieta”, fosse totalmente ao contrário da história.
Já pensou se Romeu e Julieta vivessem nos tempos de hoje? Eu acho que a Julieta seria funkeira ou roqueira, e o Romeu seria skatista. Eles não sonhariam em se casar, construir uma família e viver o amor deles eternamente, mas só pensariam em ficar e depois sair pegando geral! Eles só ficariam na balada até o amanhecer, iriam beber, fumar bastante e eles também poderiam usar drogas e teriam a possibilidade de serem traficantes.
Jamais haveria o suicídio só porque o amor deles foi proibido pelo pai de Julieta. No máximo, o que poderia acontecer, era escorrer uma lágrima dos olhos dos amantes e logo após já estariam com outras pessoas, vivenciando um amor passageiro.

Bruno Barreto Dias 1ºD

Futebol com os amigos!!
O futebol é a base de tudo, para os homens, lógico... Um grupo de amigos estava marcando um jogo para domingo, valendo R$ 20,00, tinha que fazer 20 gols, 10 trocava de lado. O time já estava em quadra só faltava o outro time que demorou mais de 2 horas.
O tempo passou e ali estava o time, mas alguma coisa estranha tinha nesse time, sabe o que era? O time só tinha garotas! Os meninos, assustados, falaram para as meninas:
— Se vocês é que forem jogar, vão perder...
As meninas deram risadas e comentaram:
— Vocês, garotos, só vão saber se vão ganhar se jogarem com a gente!
Os meninos aceitaram jogar com as meninas. O jogo começou e as meninas fizeram 10x0 no primeiro tempo, no segundo também, elas, mulheres, como sempre levam vantagem para cima dos homens!
Moral da história: Nunca duvide das mulheres porque elas podem fazer de tudo!

Vinicius Gonçalves 1ºE

O que ser quando crescer?
Quando eu era pequeno, sempre me perguntavam “O que você quer ser quando crescer?” e em geral, eu nunca sabia. Um dia eu queria ser médico, no outro policial e até astronauta eu já quis ser.
Eu nunca soube o que ser e até hoje eu não sei, essa vai ser uma das escolhas mais importantes da minha vida e eu ainda não sei. Eu posso escolher ser médico, mas também bombeiro e isso é pior e bem mais difícil do que escolher Kinder ovo balançando a caixinha para saber o que tem dentro.
Mas é difícil me imaginar fora desta rotina de vir para a escola, ver meus amigos, acordar cedo, querer o fim de semana logo, reclamar de fome, de frio, perguntar quantas aulas são, isto realmente vai fazer falta daqui a uns 5 anos.
O jeito é aproveitar tudo e quem sabe, já decidir o que eu quero ser na vida, afinal, a vida é uma surpresa.

Felipe Sousa 1ºE

O futebol
Bacharel e Oliveira eram grandes amigos, moravam juntos em um condomínio de luxo na grande São Paulo e viviam de malandragem para cima dos outros.
Uma quarta feira o síndico do condomínio, Sr. José, foi até a casa de Bacharel e Oliveira e comunicou aos dois que se eles não colocassem em dia as dívidas com o condomínio seriam despejados em 30 dias. Então, desesperado, Oliveira disse:
— E agora, o que vamos fazer?
Bacharel, sabendo que o Sr. José vivia sozinho e levava uma vida voltada para trabalhar e que seu único lazer era assistir ao futebol. Bacharel teve uma grande ideia:
— Que tal organizarmos um jogo aqui no campinho do condomínio e convidarmos o seu José? Quem sabe de tanta felicidade ele perdoe nossas dívidas?
Oliveira respondeu:
— Não custa tentar.
Então Bacharel colocou seu plano em prática, conseguiu marcar o jogo para uma terça feira às 19:00 horas.
Quando chega o dia do grande jogo, Oliveira conheceu o time adversário, o nome do time era CAPFP (Clube Atlético Paulista Futebol e Pancada), Oliveira foi falar com Bacharel dizendo que eles nunca iam ganhar aquele jogo, mas Bacharel explicou para o amigo que ele ia de juiz para garantir o resultado. O jogo começou e com Bacharel de juiz, roubando muito contra o time adversário, a partida chegou aos 15 minutos finais, foi quando Bacharel inventou para um pênalti para o time do condomínio, quem cobrou foi o Sr. José e marcou para o time do condomínio, quando o jogo ia recomeçar Bacharel encerrou a partida faltando 13 minutos de jogo, assim que Bacharel apitou o time do CAPFP foi para cima do juiz e encheu ele de porrada, mesmo depois de todo arrebentado, Bacharel achou que valeu a pena, pois o Sr. José, todo alegre de seu time ter ganhado com um gol seu, perdoou a dívida dos dois.

Camila Jesus da Silva 1ºE

Professora teimosa
Ufa! Estamos livres. Neste dia, em que compareceram alunos que apresentam vontade para tentar ser alguém melhor na vida, ficou decidido que iriamos para a sala de vídeo. Ato este que não aconteceria mais, por conta de alguns alunos que decidiram não assistir a continuação da aula e foram embora, sabe-se lá para onde, fomos todos punidos, de forma que a sala de vídeo para matéria em questão não seria mais utilizada.
Bom, voltando para o dia em que a punição foi deixada de lado pela professora teimosa, que por ter poucos alunos na sala e por serem alunos que tem vontade de mudar para melhor, fomos todos para a sala de vídeo.
Chegando lá assistimos uma crônica de Gil Vicente sendo interpretada por uma adolescente, onde os fatos relatados, eram sobre seu cotidiano. Tudo dando certo, a professora parecia estar feliz pelo interesse dos alunos. Quando acabou a crônica e tivemos que voltar para a sala de aula ficamos presos dentro da sala de vídeo por algum..., melhor não comentar, que nos prendeu pelo lado de fora. A professora que achava que tudo estava dando certo, coitada. O que fazer? Começamos todos a rir pelo acontecimento ocorrido, quem diria que só com os interessados iria dar algo de errado.
Graças a Deus, com sinal é claro, a professora rindo, ligou para a secretaria da escola e pediu para que alguém fosse nos soltar e, ufa, em poucos minutos estávamos livres!

Vivian Cinzia S. de Andrade 1ºF

Amor à primeira vista
Pela manhã levantei num pulo da cama, era um sábado ensolarado, perfeito! Fui correndo chamar meus pais. Eles prometeram e hoje iriam ter de cumprir, era o grande dia!
Sai puxando minha mãe pela saia e gritando “vamos mãe”, ela na cozinha já se preparava para caprichar no almoço, nem sequer olhou para mim, fiquei chateada e abri a boca a chorar, minha mãe gritou comigo, dizendo “menina saia do meu pé” e eu, desanimada, respondi “você prometeu” e ela sorrindo disse: “vá menina, vai se arrumar”. Em um piscar de olhos eu estava no quarto feliz, procurando o que vestir, coloquei minha melhor roupa para a ocasião e fui atrás de papai que para minha surpresa já estava no carro a minha espera.
Esperamos mamãe no carro e ela se atrasou 15 minutos, eu não me aguentava de ansiedade. Logo ela surgiu sorrindo, entrou no carro e fomos para o lugar que tanto sonhei, que muito esperei.  Não demorou muito e eu podia ver ele surgindo... estávamos longe eu sabia, mas já admirava o tamanho daquele imenso lençol azul.
Tirei os chinelos e corri para a areia, ali estava, mamãe e papai prometeram e chegou o dia, eu ali estava, de frente com aquela imagem perfeita, crianças se divertiam, riam, montavam castelos de areia e eu não sabia o que iria fazer primeiro.
Sai correndo de encontro com o mar, mas eu não sabia que ele também me esperava, me puxou para perto e pude ver uma imensa onda se levantando e me cobrindo, o mar me abraçou. Como eu pude demorar tanto para encontra-lo? Ele me esperava assim como eu o esperava, eu corria para a areia e logo vinha minha amiga onda me buscar, construí um castelo de areia com papai e mamãe, ficou lindo! E eu gritei “onda minha amiga, olhe o que eu fiz!” e ela veio tão rápido que parecia estar furiosa, mas eu sabia que ela estava contente, ela iria guardar o meu castelo.
Mamãe estava me chamando para ir embora, entrei no carro e nem ouvia meus pais falarem, só refletia e então me toquei, o mar estava apaixonado por mim assim como eu estava por ele! Me ajoelhei no banco e me virei para trás, ainda podia vê-lo, acenei dando um adeus e prometi que logo voltaria. Ah! Eu voltaria com certeza, para ver minha amiga areia e meu amigo mar...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Rádio de rua Jovem Urbano presente no Festival do Livro e da Literatura

Rádio de rua Jovem Urbano presente no Festival do Livro e da Literatura



(Grafitti de Lais e Pamela do Abayomi Ateliê)

Pelo segundo ano consecutivo os alunos da E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto, participantes do projeto Jovem Comunica, orientado pelo Núcleo de Comunicação Comunitária e São Miguel e com o apoio da Fundação Tide Setubal, apresentam a rádio Jovem Urbano no Festival do Livro e da Literatura de São Miguel. E esse ano foi especial! Fomos ousados, audaciosos e muito humildes! 
Convidamos nada menos do que três professores para serem entrevistados, professores muito especiais e talentosos, são eles: Marcio Vidal Marinho, poeta, professor de língua portuguesa, mestrando pela USP em estudos comparados de literatura e participante da Cooperifa; Ricardo Gabriel, professor de sociologia, cantor de RAP e participante do coletivo Abayomi Ateliê e Eliane Silva, professora de sociologia, doutoranda pela Unesp com estudos sobre a violência social na obra da escritora Carolina Maria de Jesus. O tema do programa é: Educação, poesia e a importância da escrita para se obter respeito.
Pensa que acabou? De forma nenhuma! Ainda contamos com a participação das meninas do Abayomi Ateliê que produziram um grafitti.
Ufa! Tivemos muito trabalho, mas o resultado compensa! Agora queremos que você, nosso leitor amigo, compartilhe conosco a mágica que as palavras podem fazer! Venha!






Mais histórias com o evento: Alamoju em cântaros e cantares


Nessa intervenção podemos conhecer um pouquinho mais sobre a rica e diversificada cultura africana.

Sinopse: O grupo de afoxé Filhos de Kayayojare, do projeto Tumpé Kojá Tite, abriu o encontro com uma lavagem simbólica da praça, depois de um cortejo que partiu de outro ponto do bairro. Representações dos 16 orixás príncipes fizeram a lavagem com jarros de barro com rosas e água de cheiro, mistura de água com alfazema, as alamedas da Praça Morumbizinho foram lavadas, pedindo licença e proteção aos Orixás.
Na sequência uma grande roda foi formada para a contação da história Os 16 Orixás/Príncipes, por Estela Mar. Isabela Morais fez a intervenção na roda de conversa É, não sou: os afro-sambas no tempo e no espaço, que trata sobre a vida e obra de Vinicius de Moraes, tema de seus estudos.
A roda ainda contou com a participação do grupo Quilombhoje, que falou sobre o trabalho desenvolvido pela ONG Cadernos Negros, que anualmente publica livros de poesia e contos de autores negros e afro-descentes.

Vamos nos permitir participar dessa aventura e nos encher e histórias e poesias!!






domingo, 10 de novembro de 2013

Novembro é mês de: FESTIVAL DO LIVRO E DA LITERATURA DE SÃO MIGUEL


Pelo segundo ano consecutivo os alunos da E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto participam do Festival, como público e como protagonistas, desta bela ação da Fundação Tide Setubal e seus diversos parceiros.
Essa e as próximas postagens serão sobre o Festival, deixando claro que está é uma visão de apenas um décimo de tudo o que aconteceu nesses três dias de pura magia!!

Iniciamos os trabalhos assistindo a performance da Cia. Atos com A ORIGEM DA NOITE.
Sinopse: Há muito tempo, o dia era feito só de luz, não existia nenhum fiozinho de escuridão. E junto com toda a beleza do sol, também vinham o calor intenso e o cansaço. Por causa disso, os índios resolveram, então, enviar vários guerreiros para procurar a dona da noite, a Cobra Grande, que vivia num rio muito profundo!







quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sustentabilidade - Textos para a 5ª série e para o 1º ano do Ensino Médio


Afinal, o que é sustentabilidade?


Sustentabilidade é a palavra que mais se ouve e se lê por aí — na administração, na economia, na engenharia ou no Direito. Mas, afinal, o que significa sustentabilidade? Como bom mentor, vou tentar explicar de forma simples o conceito que já faz parte da vida moderna. Em primeiro lugar, trata-se de um conceito sistêmico, ou seja, ele correlaciona e integra de forma organizada os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. A palavra-chave é continuidade — como essas vertentes podem se manter em equilíbrio ao longo do tempo. 


Quem primeiro usou o termo foi a norueguesa Gro Brundtland, ex-primeira ministra de seu país. Em 1987, como presidente de uma comissão da Organização das Nações Unidas, Gro publicou um livreto chamado Our Common Future, que relacionava meio ambiente com progresso. Nele, escreveu-se pela primeira vez o conceito: "Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades". Note que interessante: a proposta não era só salvar a Terra cuidando da ecologia, mas suprir todas as necessidades de gerações sem esgotar o planeta. "Nem de longe se está pedindo a interrupção do crescimento econômico", frisou Gro. "O que se reconhece é que os problemas de pobreza e subdesenvolvimento só poderão ser resolvidos se tivermos uma nova era de crescimento sustentável, na qual os países do sul global desempenhem um papel significativo e sejam recompensados por isso com os benefícios equivalentes." 



Parece que Gro Brundtland adivinhava a crise recente das economias do norte e já salientava o papel dos países emergentes, como Brasil, China e Índia. Para você, vale lembrar que a sustentabilidade se aplica a qualquer empreendimento humano, de um país a uma família. Toda atividade que envolve e aglutina pessoas tem uma regra clara: para ser sustentável, precisa ser economicamente viável, socialmente justa, culturalmente aceita e ecologicamente correta. O desafio é enorme, envolve várias gerações e, por isso, você precisa estar ligado no tema. 



Luiz Carlos Cabrera é professor da Eaesp-FGV, diretor da PMC Consultores e membro da Amrop Hever Group 


O que é (e o que não é) sustentabilidade


Preocupações legítimas geraram distorção no significado de “sustentabilidade”, que passou a ser associada apenas a questões ambientais. Não é só isso.
Por Oded Grajew*
Embora em voga nos mais variados meios, o conceito de “sustentabilidade” ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem ouve. Nos últimos anos intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. Preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, já que esta passou a ser associada tão somente às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem manter-se e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam, não se mantêm e tendem a morrer. E isto depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
Entretanto, mais do que definir o conceito, sustentabilidade e insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios são sustentáveis. Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável.
Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Provas não faltam:
- Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo;
- Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas;
- Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação;
- Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos, em sua maior parte em decorrência de atividades humanas;
- Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões, ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres;
- Os gastos militares somam US$ 1,464 trilhões por ano (e crescem a cada ano), o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Este cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível e viável.
Oded Grajew é presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador-geral da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo.
Artigo publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo, em 7 de maio de 2013.


A história das coisas


Assistam ao vídeo A história das coisas e pensem sobre sustentabilidade e (muito!!) sobre o consumo. Boas reflexões!



Questões reflexivas para o 1º ano do Ensino Médio

1) Segundo Luiz Carlos Cabrera, o que é sustentabilidade?
2) Segundo Oded Grajew, o que é sustentabilidade?
3) Em quais aspectos da vida humana e da vida do planeta interferem (prejudicam ou beneficiam) atitudes sustentáveis? Justifique sua resposta.
4) Disserte sobre ações de sustentabilidade promovidas por ONGs governos ou empresas, nacionais ou estrangeiras das quais você tenha conhecimento.
5) Quais atitudes sustentáveis um indivíduo pode desenvolver? Justifique.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013


CLASSICISMO - 1º Ano EM
Contexto Histórico Social

O Renascimento foi um amplo movimento econômico, cultural e científico, surgido na Itália, em fins da Idade Média, e que rapidamente se espalhou por toda a Europa, onde se vivia sob o seguinte contexto: necessidade de caminhos marítimos para o Oriente, em busca de especiarias; grande avanço científico, que proporcionou as grandes navegações; a nova concepção do homem e o questionamento de algumas práticas da Igreja Católica. Nesse período, houve um notável florescimento das artes, que substituíram o primitivismo medieval pela noção de perspectiva, pela multiplicação das cores e pelo maior equilíbrio com que as formas humanas passaram a ser retratadas. Desse mesmo modo, a literatura clássica também refletiu um espírito novo, mais centrado no ser humano, nos seus problemas e nas suas conquistas. Essa visão antropocêntrica, na verdade, não surgiu pela primeira vez no Renascimento, pois os antigos gregos já tinham construído uma sociedade baseada nela. Daí o nome Renascimento – uma associação ao ressurgimento de alguns valores que haviam caracterizado a cultura greco-romana clássica.
À luz dessas ideias, iniciou-se, no século XVI, o movimento literário chamado Classicismo.
Em Portugal, o Classicismo teve como marco inicial o ano de 1527, com o retorno de Sá de Miranda da Itália, e como marco final, 1580, ano em que Portugal passou para o domínio espanhol. Sá de Miranda traz até seu país um novo ideal de poesia: a medida nova – os sonetos de versos decassílabos, já cultivados por Dante Alighieri e Petrarca na Itália.

Características do Classicismo

1 – Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade, como Homero, Virgílio, Ovídio, etc., valorizando, além do soneto, as epopeias.
Observe a semelhança entre os primeiros versos de Os Lusíadas (Camões, século XVI) e os da Eneida (Virgílio, antiguidade Clássica).
Os Lusíadas
Eneida
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Cantando espalharei por toda a parte.
Canto as armas e o varão
Que foi o primeiro a vir
Das praias de Tróia.

2 – Uso da mitologia – Os deuses e as musas, inspiradores dos clássicos gregos e latinos, aparecem também nos clássicos renascentistas.
Por exemplo, em Os Lusíadas, Vênus (a deusa do amor) e Marte (o deus da guerra) protegem os portugueses nas suas conquistas marítimas, ao passo que Baco (o deus do vinho) tenta atrapalhá-los.
3 – Predomínio da razão sobre os sentimentos – A linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de sentimentalismo e de figuras, porque procura filtrar, através da razão, todos os dados fornecidos pela natureza e, desta forma, expressar verdades universais.
4 – Predomínio de uma linguagem sóbria, simples, sem excessos de figuras literárias.
5 – Idealismo – Busca da perfeição estética, da pureza das formas e dos ideais de beleza.
Os clássicos abordam como tema o homem ideal, liberto de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopeias são apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos.
Por exemplo, Vasco da Gama, em Os Lusíadas, é um ser dotado de virtudes extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro, admirado pelos próprios deuses.
6 – Amor platônico – Os poetas clássicos revivem a ideia de Platão de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico.
Amor é brando, é doce, é piedoso;
Quem o contrário diz não seja crido.  (Camões)

7 – Busca da universalidade e impessoalidade – A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas, e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.
Epopeias são poemas longos sobre feitos grandiosos e heroicos, como foram as grandes descobertas marítimas dos portugueses. São epopeias famosas da antiguidade clássica: Ilíada e Odisseia, de Homero; Eneida, de Virgílio; e na Idade Moderna temos Os Lusíadas, de Camões.

Principais Autores do Período Clássico

Os Principais autores desse período, em Portugal, são: Sá de Miranda, Luís Vaz de Camões, João de Barros, Bernardim Ribeiro, Antônio Ferreira, Diogo Bernardes, Damião de Góis, Fernão Mendes Pinto, Fernão Cardim.
João de Barros destacou-se na historiografia, com a obra Décadas, em que narra a história das conquistas, navegações e comércio dos portugueses. Fernão Mendes Pinto se sobressai na literatura de viagem, com Peregrinação e Bernardim Ribeiro com a novela Menina e Moça.
De Antônio Ferreira, temos a peça Tragédiade Dona Inês de Castro, que apresenta como personagens principais: D. Pedro (príncipe), filho de D. Afonso IV (rei de Portugal); Dona Inês de Castro, amante de D. Pedro; D. Afonso IV, que, na ausência do filho, manda executar Dina Inês, por ser amante do filho e por motivos políticos. A tragédia culmina com a morte de Inês e com os atos de loucura de D. Pedro.

(Fonte: Curso Completo de Português. São Paulo: Ibep.)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Ajuntório de sentidos e afetos. Vozes na rua, gritos de paz...



Evento realizado em 06/09/13 no Galpão de Cultura e Cidadania do Núcleo de Comunicação Comunitária de São Miguel com a presença dos estudantes do Programa Jovem Comunica e Marina Silva.

Nessa data os alunos discutiram, perguntaram, participaram intensamento de discussões acerca das mobilizações populares que vem ocorrendo no país desde junho. Esse momento foi precedido de oficinas em que os alunos foram estimulados as pensar sobre as questões de importância nacional, mas também de importância local, foram convidados a refletir sobre a realidade do bairro, da escola, dos aspectos econômicos e ambientais de sua comunidade.
O Projeto Jovem Comunica é uma parceria do Núcleo de Comunicação Comunitária de São Miguel, da Fundação Tide Setubal e das escolas participantes, no caso nós, professores e estudantes da E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto. 





Fotos de Eduardo Souza
2012 foi ano de Olimpíada de Língua Portuguesa!

No ano de 2012 as turmas com as quais trabalhei participaram de oficinas de produção de textos para concorrerem nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, não ganhamos nenhum premio externo, porém nos divertimos e também refletimos muito sobre o lugar em que vivemos para escrever e reescrever os texto que vocês terão a oportunidade de ler.
Ano passado esses textos foram publicados no jornal A Voz do Lapenna e no blog na escola - www.urbano.jex.com.br. 
2014 será, novamente, ano de Olimpíada, enquanto isso vamos conferir os melhores textos de cada turma de 2012.

Diego Gomes – 8ª série D
O lugar em que vivo!!
O lugar em que vivo não é muito bonito, mas também não é um lugar ruim de viver, não é um lugar de “classe” como muitos, como Morumbi ou Ipanema.
É um lugar humilde, como todo lugar tem violência. Não é porque é um lugar humilde que só tem violência, pois no Morumbi ou em Ipanema também tem violência, infelizmente!
A diferença entre Ipanema e a invasão é o respeito. Talvez algumas pessoas achem que invasão não necessita, não precisa de respeito e no Morumbi já é o contrário.
Mas aqui na invasão também têm pessoas dignas, de respeito, pois não depende de dinheiro e sim de dignidade! Sai muito gente “patrão” daqui, pois inteligência vem de graça.


Eduardo de Oliveira Souza – 8ª E
Ano novo na quebrada
São dez horas da noite e todos já começaram a sair para a rua para começar a comemoração do ano novo.
Eu e uma galera, geralmente, depois da meia noite, sempre damos um rolê por quase toda a cidade A.E. Carvalho. Nós começamos a comemorar às dez e só paramos depois das quatro da manhã.
Às vezes a rua fica um pouco vazia, porque os moleques já saíram, mas a verdadeira hora que a rua esvazia é a meia noite. Todos entram para cumprimentar seus parentes e familiares. Mas quando é meia noite e cinco tudo volta ao normal.
Na real o que eu queria é que essa felicidade e essa comunhão durasse todo o ano. Acho que é por causa das lutas que temos no dia a dia e acabamos nos preocupando tanto com as contas, brigas e problemas que esquecemos de aproveitar a vida e os amigos.
Devemos viver um minuto de cada vez, pois o dia de amanhã pertence a Deus.


Raissa da Costa – 6ª E
A minha paz
Cheiro de chuva, doce aroma da criancice.
Lembro de quando era menor, lá pelos meus cinco ou seis anos, me divertia muito mais.
Gostava de brincar de pega-pega, esconde-esconde, duro ou mole e outros, adorava brincar com meus três primos: Jordana, Renan e Ariane.
Amava ir para a casa da minha tia Aurene e do meu tio Maro.
Amávamos os dias de chuva, o cheiro, o gosto e lembro até hoje, pulávamos, dançávamos na chuva, mamãe e minha tia faziam, enquanto isso, o almoço.
Dia desses, senti o cheiro desta mesma chuva que já não dá as caras há algum tempo aqui em São Paulo. Já meus primos foram morar em Recife, eles têm uma enorme chácara, que tem cachoeira e tudo. Amo ir lá, lembro-me dos velhos tempos, apesar de agora já ter doze anos e já não ser tão divertida e inocente, agora já sei o que é o certo e o errado.
Mesmo assim, quando sinto aquele cheiro de que vai cair aquela chuva boa é que  me lembro de como é bom ser jovem, lembro como faz bem aquele lugar, que mesmo não podendo estar lá toda hora sei como é gostoso estar lá, a paz que me dá.


Kauane Tadin 6ª F
Minha infância
Estou aqui em minha poltrona com os olhos cheios de lágrimas que já secaram. Recordando da minha infância, dos momentos de criança, quando pulava, brincava com os meus amigos.
Juntamente com outras crianças olho com esperança meu futuro ainda muito distante...
Ser médica, veterinária ou professora. Sem deixar de ser arteira para conquistar nas brincadeiras.
Agora abro os olhos e vejo crianças no meu bairro correndo pra lá e pra cá.
Hoje tenho 12 anos e sou adolescente, mas queria poder voltar no tempo e ser criança novamente para enxergar o mundo de uma forma diferente.


Gabriela Dantas Santos – 6ª G
Memórias de Gabriela
Eu era uma pequena criança, bochechuda, extrovertida, engraçada, fazia travessuras, mas não como qualquer outra criança.
Meu primeiro dia no colégio foi um dos melhores da minha vida, vendo todas as outras crianças chorando e eu dando uma risadinha disfarçada.
Depois me apeguei aos colegas, à professora, amava tudo isso, depois o tempo foi passando, sai da escola, pois as únicas duas séries que tinham no colégio eu fiz. Fui para uma outra escola nova, amigos novos, professores novos, pois eu estava na 1ª série e tinha duas professoras.
No ano letivo em que eu cursava a 4ª série 5º ano fui para outra escola, pois a mesma ia até a 4ª série.
Na quinta fui para outra escola, e neste ano vim para o Reverendo Urbano.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

HUMANISMO



Contexto Histórico Social


Chamou-se humanismo o movimento cultural iniciado na Itália e que se espalhou pela Europa, no período que corresponde à transição da Idade Média à Idade Moderna.
Em Portugal, a Revolução de Avis (1383-1385), com a aclamação de D.João, o Mestre de Avis, aliado aos burgueses, proporcionou a expansão ultramarina. A partir da Tomada de Ceuta em 1415, os navegantes portugueses chegaram à África, à Ásia e à América. Essa nova realidade mercantil provocou uma crise no sistema feudal e no pensamento religioso, que levou o teocentrismo a ceder seu lugar ao antropocentrismo, isto é, o ser humano no centro da vida humana. Essa nova visão refletiu-se nas grandes obras do período, que tinham como centro de interesse o próprio ser humano.
Entre os fatores que contribuíram para tal mudança podemos apontar:
a) A ampliação do mundo conhecido através das grandes navegações;
b) A ascensão da burguesia voltada para o comércio e para a vida material;
c) A invenção dos tipos móveis na imprensa por Gutenberg, que facilitou a divulgação das obras clássicas, até então copiadas a mão, pelos monges nos mosteiros.
As manifestações literárias mais significativas do período humanista em Portugal foram:
• Na historiografia – as obras de Fernão Lopes, Gomes Eanes de Azurara e Rui de Pina.
• Na poesia – as obras de João Ruiz de Castelo Branco.
• No teatro – as obras de Gil Vicente.

Fernão Lopes pode ser considerado o criador da historiografia em Portugal. Em 1418, foi nomeado arquivista oficial da Torre do Tombo, onde são guardados os documentos históricos do país. Em 1434, foi promovido a cronista-mor, passando a escrever a história dos reis de Portugal. Embora tivesse de centralizar sua crônica nos reis, teve o mérito de investigar as relações sociais que movimentavam o país, além de captar o sentimento coletivo do povo português. Devido ao posto que ocupava na Torre do Tombo, pôde fundamentar suas ideias com documentos escritos, o que constitui uma das bases da historiografia moderna. Suas principais obras são: Crônica de D. Pedro, Crônica de D. Fernando e Crônica de D. João I.

Gil Vicente                




Quando se fala em Gil Vicente, é preciso, antes entender o que são autos. Auto é o nome genérico dos textos poéticos da Idade Média, usados nas representações teatrais, carregados de religiosidade. No teatro vicentino vamos encontrar uma grande produção de autos, dos quais muitos deles, além de religiosidade, apresentam temas profanos e satíricos.
Gil Vicente é considerado o criador do teatro popular em Portugal. Sua primeira apresentação, em 1502, foi o Auto do vaqueiro ou o Auto da visitação, dedicada ao filho recém-nascido do rei D. Manuel, no quarto de D. Maria, esposa do rei. A peça fez tanto sucesso que o levou a elaborar outras, igualmente cheias de êxito. O teatro de Gil Vivente baseia-se principalmente na sátira (as farsas), que ele utilizava para criticar e denunciar os erros, a corrupção e a falsidade de todas as camadas sociais: da nobreza, do povo e do clero – apesar de ser uma pessoa profundamente religiosa.
Gil Vicente era autor e ator e suas representações, cheias de improvisos já previstos. Sua obra é rica, densa e variada. Sua produção contém 44 obras e sua galeria de tipos humanos é imensa: o padre corrupto, o cardeal ganancioso, o sapateiro que explora o povo, a beata, o médico incompetente, os aristocratas decadentes etc. Seus personagens não têm nome – são sempre designados pela profissão, assim registrando os tipos sociais que faziam parte da sociedade da época.
Apesar de subvencionado pelo rei, Gil Vicente nunca se deixou intimidar, expressando o que realmente pensava e tecendo suas críticas com independência de espírito. O teatro era sua arma de combate e de denúncia contra a imoralidade. Sua linguagem, bastante simples, espontânea e fluente. Assim como os cenários e as montagens.
Suas principais obras são: Auto da visitação, Trilogia das barcas (Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório, Auto da barca da glória), Auto da alma, Farsa de Inês Pereira, Juiz da beira, Auto da feira, Quem tem farelos?, Auto da Lusitânia, Auto da índia e Floresta de enganos (sua última peça).

Auto da barca do inferno: o julgamento da sociedade portuguesa


Das muitas peças de Gil Vicente, merece destaque o Auto da barca do inferno, em que a crítica social, marcada pela sátira, é impiedosa.
Nesse auto, vemos os mortos chegando para embarcar rumo ao inferno ou ao paraíso. Esperam por eles, na margem do rio, um anjo, que conduz a barca do paraíso, e um diabo, que conduz a barca do inferno.
Todos acham que merecem o paraíso, discutindo com o Diabo e o Anjo. O Fidalgo, aristocrata arrogante e explorador, e o Onzeineiro (11% de juros no empréstimo, taxa exorbitante para a época), agiota, vão na barca do inferno; assim como o sapateiro desonesto, o Frade corrupto, a Alcoviteira cafetina, o Judeu (refletindo o preconceito da época), o Corregedor e o Procurador corruptos da justiça, o Enforcado de corda no pescoço. Quem vai na barca do céu? O Parvo, o bobo sem malícia, e os quatro cavaleiros cruzados, mortos em batalha, que encerram desse modo o auto.

Leia, a seguir, um trecho do episódio do Fidalgo.
Diabo     Em que esperas ter guarida? (proteção)
Fidalgo   Que deixo na outra vida
                Quem reze sempre por mim.
Diabo     Quem reze sempre por ti?...
                Hi –hi-hi-hi-hi-hi-hi!...
                E tu viveste a teu prazer,
                Cuidando cá guarecer (salvar-te)
                Porque rezam lá por ti?
                Embarca! – ou embarcai,
                Que haveis de ir à derradeira. (afinal)
                Mandai meter a cadeira,
                Que assim passou vosso pai.
Fidalgo   Quê? Quê? Quê? Assim lhe vai?
[...]
(Fonte: Curso Completo de Português. São Paulo: Ibep.)

Tudo o que é sólido pode derreter


Esse programa da TV Cultura retrata a rotina de uma escola pública e seus alunos do ensino médio. Cada episódio tem como pano de fundo uma obra clássica da literatura de língua portuguesa.
Confiram o primeiro episódio da séria que se baseia no Auto da barca do inferno.

Sinopse: É o primeiro dia de aula e Thereza está em território inédito na escola, começando o 1º colegial e sentindo-se em uma nova fase. Há alunos recém-chegados e uma sensação de amadurecimento. Em aula, surge uma atividade baseada na obra Auto da Barca do Inferno, o que faz Thereza prestar atenção nas pessoas a sua volta e imaginar que destino elas teriam se fossem personagens do livro. Em casa, esquece o aniversário de sua mãe. Na escola, conhece Marcos e inicia uma amizade com ele.





sábado, 14 de setembro de 2013

1º Ano do Ensino Médio
Como era a vida na Idade Média?

O livro e o filme O nome da Rosa retratam muito bem esse período e como estamos estudando a literatura produzida nessa época, seria interessante saber um pouco mais sobre a vida dessas pessoas, além disso o filme se passa antes da invenção da impressão por tipos móveis de Gutenberg, ocorrida por volta de 1439, então, poderemos observar como era realizada a produção e armazenamentos dos livros antes dessa revolucionária invenção da inteligência humana!

Sinopse do filme: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-2402/


Um filme que trara de intolerância e autoritarismo e que pode despertar um bom debate sobre a questão da biblioteca com um "lugar perigoso".