sábado, 14 de setembro de 2013

1º Ano do Ensino Médio
Como era a vida na Idade Média?

O livro e o filme O nome da Rosa retratam muito bem esse período e como estamos estudando a literatura produzida nessa época, seria interessante saber um pouco mais sobre a vida dessas pessoas, além disso o filme se passa antes da invenção da impressão por tipos móveis de Gutenberg, ocorrida por volta de 1439, então, poderemos observar como era realizada a produção e armazenamentos dos livros antes dessa revolucionária invenção da inteligência humana!

Sinopse do filme: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-2402/


Um filme que trara de intolerância e autoritarismo e que pode despertar um bom debate sobre a questão da biblioteca com um "lugar perigoso".






terça-feira, 10 de setembro de 2013

Folclore - apresentações para a comunidade escolar

No início do mês de agosto, alunos e professores da E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto participaram de aulas e atividades relacionadas ao folclore brasileiro, sua presença em nosso dia a dia e sua importância para a formação de nossa identidade. No dia 17 de agosto de 2013 as portas da escola foram abertas à comunidade que veio conferir e prestigiar as produções dos alunos, tivemos danças, encenações, contação de histórias e exibição de vídeos produzidos por alunos. As fotografias do evento podem ser visualizadas no blog: http://alunosdoreverendourbano.blogspot.com.br/ e os vídeos podem ser conferidos aqui. Divirta-se conosco!


A loira do banheiro, vídeo realizado pelas alunas Raquel, Katleen, Jéssica e Jenifer do 1º ano C do ensino médio.



Parlendas e trava línguas, vídeo realizado com a colaboração dos alunos dos 1º anos B,C,F do ensino médio e o 6º ano E do ensino fundamental.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

1º Ano do Ensino Médio
Trovadorismo: Contexto histórico social


As origens da literatura portuguesa remontam ao século XII, quando Portugal se constituiu como um país independente. Nessa época, com a unificação da linguagem de Portugal e Galiza, passou-se a utilizar a língua galego-portuguesa.
Dois traços marcantes devem ser lembrados para uma visão da sociedade da época: o teocentrismo, no plano religioso, e o feudalismo, no plano político-econômico.
Com o teocentrismo, isto é, a centralização da vida humana da vida humana em Deus, expressa-se a intensa religiosidade, que acompanhou toda a luta dos portuguesas empenhados na expulsão dos mouros da Península Ibérica.
Com o feudalismo, os nobres que possuíssem feudos exerciam os poderes do governo por meio de um sistema de vassalagem, que era baseado numa espécie de contrato que implicava obrigações mútuas entre o senhor e o vassalo. Os vassalos obedeciam ao senhor e o serviam pela proteção e ajuda econômica que dele recebiam. Esse sistema de vassalagem refletiu-se na poesia trovadoresca, principalmente nas cantigas de amor, em que o trovador se coloca normalmente na condição de vassalo diante da dama.
É uma cantiga de amor o primeiro documento literário português, datado de 1189 (ou 1198). Trata-se da "Cantiga da Ribeirinha" (ou da "Guarvaia"), do poeta Paio Soares de Taveirós, dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha. Esse poema assinala o início da época trovadoresca, que se estende até 1418, quando Fernão Lopes é nomeado arquivista oficial da Torre do Tombo.
Os poetas dessa época eram chamados de trovadores. A palavra trovador vem do francês trouver, que significa "achar", "encontrar". Dizia-se que o poeta "achava" a música adequada ao poema e o cantava acompanhado de instrumentos como a cítara, a viola, a lira ou a harpa.
As poesias trovadorescas estão reunidas em cancioneiros. Os mais importantes são: O Cancioneiro da Ajuda, o mais antigo, com 310 cantigas; O cancioneiro da Vaticana, pertencente à Biblioteca do Vaticano, com 1205 cantigas e o cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa, com 1647 cantigas.
Os principais trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o rei D. Dinis, João Garcia de Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno Fernandes Torneol. O mai famoso deles foi D. Dinis, o Rei Trovador. Em 1290, ele torna obrigatório o uso da Língua Portuguesa e funda a primeira universidade em Coimbra.
A poesia trovadoresca é importante por documentar a história de nossa língua, os costumes da época e por influenciar e inspirar o lirismo de poetas até hoje.

Tipos de Cantiga

Havia dois tipos de cantigas:
1) A cantiga lírico-amorosa, que se subdividia em cantiga de amor e cantiga de amigo.
2) A cantiga satírica, que podia ser de escárnio ou de maldizer. Veja, a seguir as principais características de cada uma.

Cantiga de amor

Características: Quem fala no poema é um homem, que se dirige a uma mulher da nobreza, geralmente casada. Esse amor se torna impraticável pela situação da mulher. O homem sofre, coloca-se numa posição de vassalo, isto é, de servo da mulher amada. Ele cultiva esse amor em segredo, sem revelar o nome da dama, que nem sabe dos sentimentos amorosos do trovador. Ele a coloca num plano elevadíssimo, ideal. Nesse tipo de cantiga há a presença de refrão que insiste na ideia central, exaltando um amor sem correspondência.

Cantiga de amigo


Características: O trovador coloca como personagem central uma mulher solteira, da classe popular. Pela boca do trovador, ela canta a ausência do amigo (amado, namorado) que está afastado a serviço do rei, em expedições ou em guerras. Nesse tipo de poema, a moça conversa e desabafa seus sentimentos de amor com a mãe, as amigas, as árvores, as fontes, o mar, os rios etc. É de caráter narrativo e descritivo.

Cantiga satírica


Características: Ora se chama cantiga de escárnio, ora de maldizer. Esse tipo de cantiga procurava satirizar (ridicularizar) pessoas e costumes da época. Alguns poetas, em seus ataques agressivos, chegavam a utilizar uma linguagem de baixo nível (chula).
A poesia trovadoresca tem sai importância como  documento de história de nossa língua, de costumes da época e como inspiradora do lirismo de poetas de escolas posteriores.
(Fonte: Curso Completo de Português. São Paulo: Ibep.






Funk do Dom Dinis - Mc Duduzim


                                                                                Funk do trovadorismo!

1º Ano do Ensino Médio

Vamos falar de literatura?


Sou muito suspeita para falar, mas a leitura de literatura além de ser uma experiência enriquecedora é bastante divertida.
Assista o vídeo abaixo com uma breve apresentação de um equipamento revolucionário para a leitura, chamado: livro.



A partir dos conhecimentos que você já tem e dos novos adquiridos com este vídeo vamos falar da importância  da leitura para o seu dia a dia (e também sobre como isso é legal!).

Literatura - linguagem literária e não literária

Literatura é a arte da palavra. É a técnica de usar as palavras com criatividade e originalidade. Assim, como o pintor usa tintas para fazer um quadro e levar sua mensagem, assim como o músico utiliza a combinação harmoniosa dos sons para comunicar-se com seu público, também o literato usa as palavras para expressar suas ideias e emoções.
Na literatura, as palavras podem não ter o mesmo valor das palavras que utilizamos na vida diária. Em nosso cotidiano, as palavras têm um valor utilitário, ao passo que, se usadas no texto literário, adquirem valor artístico, podendo criar um mundo poético ou ficcional, por meio da maneira como são usadas.
O artista da palavra pode nos retratar uma realidade objetiva ou, simplesmente, criar um mundo subjetivo, interpretando a realidade a seu modo. Na literatura, o interessante não é apenas quem se exprime e o que se exprime, mas como se exprime.

Linguagem literária e não literária

Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária?
A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem sentidos mais amplos do que geralmente possuem. Há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabem dando vida e beleza a um texto.
A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, complementos).
(Fonte: Curso completo de português. São Paulo: Ibep.  

Em sala de aula, falamos sobre tudo o que foi dito até agora, mas também que "a literatura desconcerta, incomoda, desorienta, desnorteia mais que os discursos filosófico, sociológico ou psicológico porque ela faz apelo às emoções e à empatia. Ela nos liberta de nossas maneiras convencionais de pensar a vida - a nossa e a dos outros -, ela arruína a consciência limpa e a má-fé. Seu poder emancipador continua intacto, o que nos conduzirá por vezes a querer derrubar os ídolos e a mudar o mundo, mas quase sempre nos tornará simplesmente mais sensíveis e mais sábios, em uma palavra, melhores" (Literatura para quê? A.Compagnon)

Para ilustrar nossos exemplos sobre realidade, ficção, objetividade e subjetividade presentes nas obras literárias podemos assistir aos filmes: "A Máquina", "Peixe Grande e suas histórias maravilhosas" e "O labirinto do fauno". Bons filmes e boas leituras!!